terça-feira, 17 de novembro de 2020

A pequena Sereia

 



spacer 

A pequena Sereia

A pequena sereiaEra o dia do concerto no reino do rei Tritão, no fundo do mar. Sereias e tritões apressavam-se em direção ao recinto para arranjar um bom lugar. Sebastião, o caranguejo compositor, dava os primeiros sinais para organizar a orquestra e assim poder começar o concerto. Ia ser uma noite muito especial pois além de seis das filhas do rei Tritão irem cantar e dançar no palco, ao som da orquestra subaquática, também a sereia Ariel iria cantar o seu primeiro solo!

Os primeiros sons começaram a ouvir-se e as sereias começaram a cantar uma melodia mágica que encantava a todos os que a ouviam. Quando chegou a vez de Ariel cantar, a grande concha onde ela deveria estar abriu-se e, surpresa das surpresas, estava vazia!

O rei, enfurecido, gritou por Ariel e mandou os seus tritões procurá-la.

Perto dali, Ariel e o seu amigo linguado nadavam em volta de um navio naufragado, tentando encontrar alguma coisa interessante. Ariel tinha-se esquecido completamente do concerto! Estavam tão distraídos, que só se deram conta da presença de um tubarão quando este estava mesmo junto deles. Os dois amigos nadaram desesperadamente para poderem fugir do tubarão mas este, como era mais rápido, estava prestes a alcançá-los. Ariel puxou então o linguado, fazendo-o passar por um pequeno buraco de uma âncora. Quando o grande tubarão tentou fazer o mesmo, ficou preso, sem se conseguir mexer. “Bem feita!” Disse o linguado, e Ariel e o seu amigo afastaram-se tranquilamente.

Entretanto, nas profundezas do mar, a bruxa Úrsula olhava pela sua bola mágica para espiar Ariel. Úrsula ansiava por poder ficar com a maravilhosa voz da Ariel.

No navio naufragado, Ariel tinha encontrado um garfo, e como não sabia o que era aquilo, mostrou-o à gaivota Sabichão. “Isto é um garfo. Pertence ao mundo dos humanos e serve para pentear os cabelos”, dizia o Sabichão, muito convencido do que dizia.

Ariel regressava a casa quando, pelo caminho se lembrou do concerto: “Oh, esqueci-me do concerto! O pai vai ficar tão zangado…”. E apressou-se a regressar a casa. Quando o rei falou com a Ariel, ficou a saber não só que ela se tinha esquecido do concerto como tinha vindo à superfície em busca de tesouros que pertenciam aos humanos. “Ordeno-te que não voltes à superfície!”, Gritou o pai, enfurecido. E a seguir, o rei foi falar com o caranguejo Sebastião para que vigiasse a Ariel.

Ariel continuava a sonhar com o mundo dos humanos e não percebia como é que um mundo que fazia coisas tão bonitas podia ser tão mau, como o pai lhe dizia. 

a pequena sereia


Numa noite de tempestade, um navio atravessava os mares com bastante dificuldade. Nele viajava o jovem príncipe Eric. O mar tornava-se cada vez mais agitado até que um dos seus marinheiros gritou: “Vem aí um furacão Senhor!”. Mas antes que pudessem fazer alguma coisa para se protegerem, ondas gigantes atiraram o barco contra as rochas e este afundou-se, lançando o príncipe Eric para o mar. Ariel ao dar-se conta que o príncipe se afundava, nadou até ele para o salvar. O príncipe foi levado pela sereia até à praia e cantou até ele acordar. Assim que acordou e olhou para Ariel, ouviu-a dizer: “Um dia hei de fazer parte do teu mundo”, e rapidamente se afastou do príncipe e mergulhou até ao fundo do mar.

O príncipe foi encontrado por um criado que o levou até o palácio. Pelo caminho, Eric contou ao empregado que tinha sido salvo por uma linda rapariga com uma voz maravilhosa.

Novamente o rei Tritão descobriu que Ariel tinha ido outra vez à superfície e ficou muito zangado, e, mais uma vez disse: “Ariel, os humanos são todos iguais! São selvagens e incapazes de amar!”. E com um golpe só, vindo do seu tridente, destruiu todos os tesouros de Ariel, deixando-a desconsolada.

Enquanto Ariel chorava, duas enguias malvadas disseram a Ariel que todos os seus sonhos poderiam ser realizados se falasse com Úrsula, a bruxa do mar. Ariel decidiu ir ter com a bruxa e esta concordou em ajudar a sereia em troca da sua voz! Ariel queria tanto ter pernas para ir ter com o príncipe por quem se apaixonara e por isso aceitou. Mas a bruxa acrescentou: ” Terás três dias, até ao por do sol, para que o príncipe se apaixone por ti. Se isso não acontecer, voltarás a ser sereia e minha escrava para sempre!”.

Ariel concordou e passado pouco tempo encontrava-se na praia, com a sua cauda transformada em lindas pernas. O príncipe Eric que passeava com o seu cão na praia viu Ariel e correu até ela, perguntando-lhe se já se conheciam. Mas Ariel, sem a sua voz, só conseguiu acenar que sim com a cabeça. Eric sentia que Ariel era a sereia que a tinha salvado, mas como? Ela não conseguia falar quanto mais cantar! Eric levou Ariel para o palácio e apresentou-a a todos. Os dias iam passando e os dois estavam muito felizes juntos.

Entretanto no fundo do oceano, o rei Tritão estava preocupado pois não encontrava Ariel.

Úrsula, com a sua bola mágica, observava Ariel e o príncipe, cada vez mais apaixonados. Então imaginou um plano para os separar. Transformou-se numa bela menina chamada Vanessa e usou a voz da Ariel, que se encontrava guardada num búzio mágico ao pescoço da bruxa, para enganar o príncipe. Quando o príncipe ouviu Vanessa cantar, ficou logo enfeitiçado e decidiu casar com ela. Ariel tinha perdido o amor da sua vida e iria ser escrava de Úrsula para sempre!

peixes amigos da ArielSabidão, a gaivota amiga de Ariel, que se encontrava a bordo do barco onde iam casar Eric e Vanessa, conseguiu descobrir que Vanessa afinal era Úrsula disfarçada e avisou o Sebastião. Os dois, juntamente com outros animais do mar tentavam impedir o casamento. No meio da confusão, o buzio da bruxa caiu ao chão e Ariel recuperou de novo a sua voz! Ao ver Eric, chamou por ele: ”Eric!”. O príncipe olhou para Ariel e exclamou. “Tu consegues falar… afinal és tu! Foste sempre tu…”. Ariel e Eric estavam prestes a beijar-se quando Úrsula se transformou num monstro marinho e arrastou Ariel para si.

A noite caiu e as pernas de Ariel voltaram a ser cauda de sereia. O rei Tritão apareceu e

castelo

Úrsula falou-lhe do acordo que tinha feito com a sua filha. O rei propôs à bruxa que libertasse Ariel ficando o rei como seu escravo. Úrsula aceitou e assim que adquiriu os poderes do rei, ficou ainda maior e mais malvada e gritou: “Agora sou eu quem manda no oceano!”.

Ao ver isto, o corajoso príncipe levou o navio em direção a Úrsula, fazendo com que a parte da frente do barco lhe atravessasse o seu frio coração! O corpo da bruxa afundou-se no mar e os poderes do rei voltaram. O rei Tritão percebendo que Eric e Ariel gostavam um do outro, transformou a cauda de Ariel em pernas novamente, para que Ariel pudesse viver feliz para sempre junto do seu príncipe Eric.

 


spacer

A princesa e a ervilha

 

A princesa e a ervilha

princesa deitada em vinte colchõesERA UMA VEZ um príncipe que viajou pelo mundo inteiro à procura da princesa ideal para se casar. Tinha de ser linda e de sangue azul, uma verdadeira princesa!

Mas depois de muitos meses a viajar de país em país, o príncipe voltou para o seu reino, muito triste e abatido pois não tinha conseguido encontrar a princesa que se tornaria sua mulher.

Numa noite fria e escura de inverno, quando o príncipe já pensava ser impossível casar com uma princesa, houve uma terrível tempestade. No meio da tempestade, alguém bateu à porta do castelo. O velho rei intrigado foi abrir a porta. Qual não foi a sua surpresa ao ver uma bela menina completamente molhada da cabeça aos pés.

A menina disse: “poderei passar a noite aqui no seu castelo, senhor? Fui surpreendida pela tempestade enquanto viaja já de volta para o meu reino. Estou com fome e frio e não tenho onde ficar…”.

O rei desconfiado perguntou: Sois uma princesa? A princesa respondeu timidamente: “Sim, senhor”.

“Então entrai, pois seria imperdoável da minha parte deixar-vos lá fora numa noite como esta!” Respondeu o rei, não muito convencido de se tratar mesmo de uma princesa.

Enquanto a princesa se secava e mudava de roupa, o rei informou a rainha daquela visita inesperada. A rainha pôs-se a pensar e, com um sorriso matreiro, disse “vamos já descobrir se se trata de uma verdadeira princesa ou não…”.

A rainha subiu ao quarto de hóspedes onde ia ficar a princesa e, sem ninguém ver, tirou a roupa de cama e colocou por baixo do colchão uma ervilha. De seguida colocou por cima da cama mais vinte colchões e edredões e, finalmente, a roupa de cama.

Então, desceu a escadaria e dirigiu-se à princesa, apresentando-se, e dizendo amavelmente: Já pode subir e descansar. Amanhã falaremos com mais calma sobre a menina e o seu reino…

A princesa subiu e deitou-se naquela cama estranha que mais parecia uma montanha!

Na manhã seguinte, a princesa desceu para tomar o pequeno almoço. O rei e a rainha já estavam sentados à mesa. A princesa saudou os reis e sentou-se. Então a rainha perguntou: Como passou a noite, princesa?

A princesa respondeu: “Oh, a verdade é que não consegui dormir nada naquela cama tão incómoda… senti qualquer coisa no colchão que me incomodou toda a noite e deixou o meu corpo todo dorido!

O rei levantou-se e, muito ofendido, exclamou: “Impossível! Nunca nenhum convidado se queixou dos nossos excelentes colchões de penas!

Mas a rainha interrompe-o e disse com um sorriso: “Pode sim!” E explicou ao rei o que tinha feito para ver se realmente se tratava de uma princesa ou alguém a querer enganá-los.

A rainha levantou-se e disse a todos:” Só uma verdadeira princesa com uma pele tão sensível e delicada é capaz de sentir o incómodo de uma ervilha através de vinte colchões e edredões!”.

princesa e príncipeO rei e a rainha apresentaram a princesa ao seu filho o príncipe e ele, mal a viu, ficou logo perdido de amores.


Ao fim de alguns dias, o príncipe casou com a princesa, com a certeza de ter encontrado finalmente uma princesa verdadeira que há tanto tempo procurava.

A partir daquele dia, a ervilha passou a fazer parte das joias da coroa, para que todos se lembrassem da história da princesa ervilha.

 

 


spacer

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

o patinho feio


  
spacer 

Histórias e Contos

O Patinho feio

Mãe pata e os seus filhosERA UMA VEZ uma mamã pata que teve 5 ovos. Ela esperava ansiosamente pelo dia em que os seus ovos quebrassem e deles nascessem os seus queridos filhos!

Quando esse dia chegou, os ovos da mamã pata começaram a abrir, um a um, e ela, alegremente, começou a saudar os seus novos patinhos. Mas o último ovo demorou mais a partir, e a mamã começou a ficar nervosa…

Finalmente, a casca quebrou e, para surpresa da mamã pata, de lá saiu um patinho muito diferente de todos os seus outros filhos.
- Este patinho feio não pode ser meu! Exclama a mamã pata.
- Alguém te pregou uma partida. Afirma a vizinha galinha.

Os dias passaram e, à medida que os patinhos cresciam, o patinho feio tornava-se cada vez mais diferente dos outros patinhos.
Cansado de ser gozado pelos seus irmãos e por todos os animais da quinta, o patinho feio decide partir.

Irmãos fazem pouco do patinho feioMesmo longe da quinta, o patinho não conseguiu paz, pois os seus irmãos perseguiam-no por todo o lago, gritando:
- És o pato mais feio que nós alguma vez vimos!
E, para onde quer que fosse, todos os animais que encontrava faziam troça dele.
- Que hei de eu fazer? Para onde hei de ir? O patinho sentia-se muito triste e abandonado.

Com a chegada do inverno, o patinho cansado e cheio de fome encontra uma casa e pensa:
- Talvez aqui encontre alguém que goste de mim! E assim foi.
O patinho passou o inverno aconchegadinho, numa casa quentinha e na companhia de quem gostava dele. Tudo teria corrido bem se não tivesse chegado a primavera e com ela, um gato malvado, que enganando os donos da casa, correu com o patinho para fora dali!
- Mais uma vez estou sozinho e infeliz… Suspirou o patinho feio.

O patinho feio descobre que é um cisneO patinho seguiu o seu caminho e, ao chegar a um grande lago, refugiou-se junto a uns juncos, e ali ficou durante vários dias.
Um dia, muito cedo, o patinho feio foi acordado por vozes de crianças.
- Olha! Um recém-chegado! Gritou uma das crianças. Todas as outras crianças davam gritos de alegria.
- E é tão bonito! Dizia outra.
Bonito?... De quem estarão a falar? Pensou o patinho feio.
De repente, o patinho feio viu que todos olhavam para ele e, ao ver o seu reflexo na água, viu um grande e elegante cisne.
- Oh!... Exclama o patinho admirado. Crianças e outros cisnes admiravam a sua beleza e cumprimentavam-no alegremente.

Afinal ele não era um patinho feio mas um belo e jovem cisne!
A partir desse dia, não houve mais tristezas, e o patinho feio que agora era um belo cisne, viveu feliz para sempre!



pinóquio

 

Pinóquio

PinóquioERA UMA VEZ um homem chamado Gepeto que fazia lindos bonecos de madeira. Vivia sozinho e o seu sonho era ter um filho com quem partilhar todo o seu amor e carinho.

Um dia, Gepeto fez um pequeno rapaz de madeira. Quando terminou, Gepeto suspirou: “Quem me dera que este rapazinho de madeira fosse real e pudesse viver aqui comigo…”.

De repente, aconteceu! O pequeno rapaz de madeira ganhou vida!

Gepeto gritou de alegria e, entre gargalhadas de felicidade, disse: “Sejas Bem vindo! Vou chamar-te Pinóquio”.

Gepeto ajudou Pinóquio a vestir-se, deu-lhe alguns livros, um beijo na face e mandou-o para a escola, para aprender a ler e escrever. Mas avisou-o: “Assim que a escola terminar, vem para casa Pinóquio”. Pinóquio respondeu que sim e, alegremente, foi caminhando em direção à escola.

Gepeto manda Pinóquio para a escolaPelo caminho, Pinóquio reparou que na praça havia um espetáculo de marionetas. Juntou-se a elas e, dançou tão bem, que o dono das marionetas lhe ofereceu cinco moedas de ouro. Pinóquio estava maravilhado e só pensava como Gepeto iria ficar feliz quando lhe entregasse as moedas.

Já perto da escola, Pinóquio encontrou dois homens maus. Como era muito ingénuo, os dois homens convenceram Pinóquio a ir com eles até uma hospedaria para comerem e depois dormirem. Depois de comer, Pinóquio ficou sonolento e adormeceu facilmente. Sonhou que era rico e que ele e seu pai Gepeto viviam agora sem dificuldades e eram muito felizes.

Quando acordou, esses homens convenceram Pinóquio a enterrar as suas moedas de ouro num sítio que eles conheciam e disseram-lhe: “As moedas aqui enterradas transformar-se-ão numa árvore de dinheiro e nunca mais o teu pai, que já está velho e cansado, precisará de trabalhar!”.

Pinóquio assim fez e ficou à espera que as moedas de ouro se transformassem numa árvore de dinheiro. Esperou muito tempo até que, cansado, adormeceu. Os homens maus apareceram e levaram as moedas de ouro, enquanto Pinóquio dormia.

Quando acordou, Pinóquio viu que lhe tinham levado as moedas e chorou. Não queria voltar para casa com medo de que Gepeto ficasse zangado e triste com ele…

fada azulSem saber o que fazer, Pinóquio começou a caminhar, até que encontrou uma senhora vestida de azul, a quem pediu ajuda. O que ele não sabia era que a senhora era a fada azul. A fada disse que o ajudaria e perguntou-lhe quem eram os seus pais e onde vivia. Ao que Pinóquio respondeu: “Não tenho casa nem ninguém com quem morar”. A fada azul apercebeu-se que Pinóquio mentia e o seu nariz começou a crescer!

A fada azul respondeu-lhe: “Volta para casa, para junto do teu pai. Sê um menino bem comportado e não mintas mais”. Pinóquio prometeu que assim faria e o seu nariz voltou ao tamanho normal.

De volta a casa, Pinóquio parou num parque de diversões e o seu nariz começou a crescer outra vez. No parque, disseram-lhe que poderia comer todos os gelados que ele quisesse… o que não lhe disseram é que os gelados o iriam transformar num burro!

Pinóquio comeu até não poder mais e, assim que se transformou num burro, foi vendido a um circo.

No circo foi obrigado a trabalhar duramente e foi tão maltratado que, pouco tempo depois, nem conseguia andar.

Como já não servia para trabalhar no circo, o dono mandou que o atirassem ao mar. Assim que caiu no mar, transformou-se novamente num rapaz de madeira.

baleiaUma baleia que por ali passava viu Pinóquio e engoliu-o, pensando que era comida. Dentro da baleia, qual não foi a surpresa de Pinóquio ao encontrar Gepeto! Este tinha ido procurar Pinóquio e acabou por ir parar à barriga da baleia. Estava muito fraco e doente e, um peixe que também lá se encontrava disse: “Subam os dois para as minhas costas que eu levo-os para casa!”.
Pinóquio e Gepeto felizes


Assim fizeram e, quando chegaram a casa, Pinóquio tomou muito bem conta de Gepeto até ele ficar bom.

 
A fada azul apareceu outra vez e, ao ver que Pinóquio tinha sido tão bom com Gepeto, disse: “Como agora és um bom
 menino vou-te transformar num rapaz de verdade”.

E assim foi. Gepeto tinha finalmente o filho que tanto desejara e os dois foram felizes para sempre!



spacer


 

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Alice no pais das maravilhas

 

Alice no país das maravilhas

AliceEstava Alice no jardim a ouvir uma história que a sua irmã mais velha lhe contava quando, de repente, viu passar um coelho branco muito bem vestido e de luvas brancas!

Alice correu logo atrás dele mas rapidamente o coelho desapareceu pelo chão. Alice seguiu-o apressadamente e descobriu um buraco fundo junto a uma árvore onde o coelho desaparecera.

Deslizou cuidadosamente pelo buraco, estranhamente decorado, e quando chegou ao fundo deu com um corredor com várias portas fechadas. Numa ponta do corredor, Alice viu uma pequena mesa onde estava pousada uma chave dourada. Alice pegou na chave e tentou abrir, uma a uma, todas as portas daquele corredor. Quando já estava prestes a desistir, reparou numa pequenina porta, a um canto do corredor. Ao colocar a chave na fechadura, a porta abriu facilmente e através dela Alice viu um lindo jardim!

garrafa e chávenaMas Alice era demasiado grande para passar por aquela pequena porta. Desapontada, fechou a porta e voltou a olhar à sua volta. Reparou que na mesa estava agora uma garrafa com um rótulo que dizia: ”Bebe-me”. Alice pegou na garrafa e bebeu. De repente começou a encolher, a encolher até ficar pequenina como um ratinho!

“Oh meu Deus!”, Disse a Alice, “Agora estou demasiado pequena para chegar à chave!…”. Enquanto tentava de alguma forma chegar ao topo da mesa, Alice bateu com o seu pé numa caixa de biscoitos que estava no chão. Nela estava escrita “come-me” e, sem pensar, Alice tirou um biscoito da caixa e comeu-o. Então começou a crescer, a crescer até ficar tão grande que a sua linda cabeça bateu rapidamente no teto!

“Agora tenho a chave”, choramingou, “mas estou outra vez demasiado grande para passar pela porta”. Sem pensar calçou uma luva que acabara de encontrar no chão e, inesperadamente, encolheu para o tamanho certo, conseguindo passar pela porta até chegar ao jardim!

coelho brancoAssim que chegou ao jardim, viu o coelho branco, a passar muito apressado. Alice correu atrás dele e perguntou: “Onde vais tão apressado?” Ao que o coelho respondeu: “Não tenho tempo para conversas. A rainha de copas está à minha espera!”. E partiu, correndo, antes que Alice o pudesse seguir.

De repente, Alice ouviu uma voz que dizia: “O chapeleiro louco e a lebre de março é que te podem dizer… mas os dois são malucos!”.
Gato de CheshireAlice olhou à sua volta e só passado um instante é que viu aparecer primeiro um sorriso, a seguir uma cabeça e só depois um gato inteiro. Este disse sorrindo: “Eu sou o gato de Cheshire”.

A partir das informações que o gato deu a Alice, esta entrou na floresta, à procura da lebre de março e do chapeleiro louco. Ao encontrá-los, o chapeleiro louco e a lebre de março convidaram Alice a tomar um chá. Eles informaram Alice que tomavam chá todos os dias juntos por ordem da rainha de copas!

Alice decidiu então descobrir quem era a rainha de copas de quem toda a gente falava e temia.

Durante o caminho, Alice encontrou algumas cartas de jogar que pintavam rosas brancas de vermelho. Alice perguntou: “O que é que estão a fazer?!”. E as cartas de jogar que afinal eram jardineiros, responderam: “A rainha de copas detesta branco!”. Antes que Alice pudesse perguntar mais alguma coisa ouviu o que parecia ser o barulho de uma grande festa a chegar…

rainha de copasEra a rainha de copas com todos os seus criados! Ao ver Alice, a rainha ordenou furiosa: “tirem-lhe a cabeça imediatamente!”. Mas o rei murmurou: “Minha querida, talvez ela saiba jogar croquet…”. Então a rainha pensou por uns segundos e depois gritou: “Deem-lhe uma bola e um taco e vamos ver do que ela é capaz!”.

Alice pegou no taco e na bola mas viu logo que este não ia ser um jogo fácil de jogar. Os tacos eram flamingos cor-de-rosa que tentavam fugir e as bolas eram ouriços-cacheiros que, por não quererem ser batidos, não paravam quietos!
A rainha ao ver que Alice não conseguia jogar, ficou vermelha de raiva e gritou: “A menina não sabe jogar! Tirem-lhe a cabeça de uma vez!”.

Alice muito aflita falou: “Majestade, a culpa não é minha. Os ouriços-cacheiros estão sempre a fugir e os flamingos sempre a voarem!”. Mas antes que Alice pudesse dizer mais alguma palavra, já se encontrava num tribunal rodeada do rei e da rainha de copas, juntamente com todos os habitantes do reino.

árvore do jardim da AliceAlice levantou-se para se defender mas de repente começou a crescer e a crescer, e tudo começou a girar à sua volta, tornando-se numa enorme confusão.

Alice abriu os olhos e viu, surpreendida, que estava novamente no jardim ao lado da sua irmã, e que esta lhe oferecia uma chávena de chá…
Alice pensou – Teria sido tudo um sonho?

 

 

 


spacer

chapeuzinho vermelho

 Era uma vez uma doce menininha. Todos a chamavam de Chapeuzinho Vermelho, porque ela sempre usava uma capa de equitação vermelha que a sua avó havia lhe dado de presente. Ela amava muito a sua netinha.

Um dia, a mãe de Chapeuzinho Vermelho disse, “Aqui, filha, pegue esta cesta e leve para sua vovó. Aí dentro tem pão, manteiga, bolo e frutas. Ela está se sentindo doente e espero que isso faça com que ela fique melhor. Não converse com estranhos, não saia do caminho e vá direto para a casa de sua avó.”
A avó de Chapeuzinho Vermelho morava há meia hora de distância por dentro da floresta, do lado de fora da aldeia. Então Chapeuzinho Vermelho saiu logo de casa. Assim que ela entrou na floresta, apareceu um lobo por detrás de uma árvore. Ela não se assustou, porque ela não sabia que lobos são perigosos.
“Bom dia, Chapeuzinho Vermelho”, o lobo cumprimentou. “Bom dia, Senhor Lobo”, ela respondeu. “Para onde você vai?” “Estou indo visitar minha vovó, porque ela não está se sentindo bem”, Chapeuzinho Vermelho respondeu. “O que você tem aí dentro da cesta?” perguntou o lobo. “Eu tenho pães, manteiga, bolo e frutas para levar para minha vó”, ela respondeu. “Excelente! E onde sua vovozinha mora?” perguntou o lobo, e Chapeuzinho Vermelho explicou exatamente o local da casa da sua avó.
Eles andaram juntos por um tempo. Aí, o lobo falou. “Olha que lindas flores que temos aqui! Por que você não pega algumas delas para sua vovó?” Ela olhou em volta e viu todas aquelas flores lindas. Chapeuzinho Vermelho achou que sua vovó ficaria muito feliz em ganhar flores e, mesmo depois do conselho de sua mãe, saiu do caminho para colhê-las.
Chapeuzinho Vermelho foi para dentro da floresta densa para colher as flores, e o lobo foi direto para a casa da vovó. Ele bateu na porta e escutou uma voz lá de dentro da casa “Quem é?” “Sou eu, Chapeuzinho Vermelho. Eu trouxe pão, manteiga, bolo e frutas”, disse o lobo, disfarçando a voz. “Ah, que gentileza! Empurre bem a porta para entrar. Eu não tenho forças para ir aí abrir.”
O lobo entrou na casa, foi até a cama da velhinha e a comeu inteira. Aí, ele vestiu as roupas dela e deitou na cama.
Quando Chapeuzinho Vermelho chegou na casa de sua avó, ela percebeu que a porta estava aberta. Ela entrou e foi até o quarto.
Normalmente ela sentia-se muito feliz na casa de sua vovó, mas naquele dia havia algo de estranho. “Bom dia!” disse Chapeuzinho Vermelho, mas ninguém respondeu.
A vovó estava com uma aparência estranha. “Nossa, Vó, que orelhas grandes você tem!” exclamou Chapeuzinho Vermelho. “É para te escutar melhor!” o lobo respondeu, disfarçando a voz. “Puxa, Vovó, que olhos grandes você tem!” ela continuou. “É para te ver melhor!” disse o lobo. “Vovó, que mãos enormes você tem!” “É para te tocar melhor!”, o lobo disse.
“Uau, Vovó, que boca enorme você tem!” exclamou Chapeuzinho Vermelho. “ É para te comer melhor!” O lobo gritou, pulou fora da cama e comeu Chapeuzinho Vermelho inteira.
Com o seu estômago cheio, o lobo voltou para a cama da vovó e caiu no sono. E roncou muito alto. Um caçador que estava passando pela casa, escutou os roncos e achou que seria muito estranho que uma velha senhorinha pudesse roncar tão alto. Ele olhou para dentro, e viu que era um lobo que estava lá. O caçador estava atrás desse lobo há muito tempo. Finalmente ele o havia encontrado!
O caçador levantou a arma e estava prestes a atirar, quando ele parou e pensou. Talvez a velhinha ainda esteja viva dentro da barriga do lobo!
Então, ele pegou uma tesoura e abriu a barriga do lobo. Ele viu uma capa vermelha saindo e aí a Chapeuzinho Vermelho pulou para fora. O caçador cortou um pouco mais e a vovozinha também veio para fora.
Chapeuzinho Vermelho catou algumas pedras e eles encheram a barriga do lobo com elas. Quando o lobo acordou, ele ficou assustado e tentou correr, mas as pedras eram tão pesadas, que ele caiu morto.
Os três então comeram bolo, felizes em saber que o lobo não seria mais um perigo para eles. Chapeuzinho Vermelho decidiu nunca mais sair do caminho e escutar com mais atenção o que a sua mãe tem a dizer.

cinderela

 

Cinderela

cinderelaERA UMA VEZ uma bela jovem chamada Cinderela que vivia com o seu pai, um comerciante viúvo e muito rico.

Cinderela perdera a mãe ainda criança e o seu pai, pensando que Cinderela precisava de uma nova mãe, decidiu casar-se novamente.

A madrasta da Cinderela, também era viúva e tinha duas filhas muito feias e muito más, do seu primeiro casamento.

Como o pai de Cinderela viajava muito, a madrasta malvada e as suas novas irmãs obrigavam a Cinderela, na ausência do pai, a fazer todos os trabalhos domésticos, fazendo troça dela sempre que podiam, e fingindo-se muito amigas na presença do pai.

 Quando o pai de Cinderela morreu, por ordem da madrasta, Cinderela passou a dormir no sótão e a vestir-se de farrapos. Cinderela nada mais tinha que o seu pobre quarto e os seus amigos animais que habitavam na floresta.

Um certo dia foi anunciado naquele reino que o Rei iria dar um baile no castelo, para que o seu filho, um jovem e belo príncipe, pudesse escolher entre todas as jovens do reino, aquela que seria sua esposa.

Temendo que Cinderela fosse escolhida pois ela era realmente muito bela, a madrasta proibiu Cinderela de ir ao baile, argumentando não ter roupas adequadas para a vestir, enquanto suas irmãs experimentavam vestidos luxuosos para a festa.

Cinderela como era muito habilidosa, decidiu fazer o seu próprio vestido, com ajuda dos seus amiguinhos da floresta. No final estava satisfeita pois tinha conseguido fazer um bonito vestido.

Mas, na noite do baile, a madrasta e as suas filhas descobriram o vestido e rasgaram-no em mil pedaços!

Desolada, Cinderela foi para o seu quarto a chorar. Sentada à janela, lamentava-se:

- Como sou infeliz! Não tenho nem tecido nem tempo para fazer um novo vestido…

Nesse mesmo momento, apareceu a sua fada madrinha que lhe disse:

-Não chores mais Cinderela, pois com a minha varinha mágica transformarei esta abóbora num coche puxado por quatro lindos cavalos brancos e destes panos velhos farei o mais formoso dos vestidos!carruagem

E então, Cinderela apareceu vestida com um sumptuoso vestido azul e uns delicados sapatinhos de cristal; ao seu lado encontrava-se uma luxuosa carruagem dourada e um cocheiro muito bem vestido que gentilmente, lhe abria a porta.

Cinderela feliz da vida, entrou na carruagem, mas não sem antes ouvir as recomendações da fada madrinha:

- O encantamento terminará à meia-noite por isso terás de voltar a casa antes da última badalada, pois tudo voltará a ser o que era.

A jovem menina acenou que sim à fada com a cabeça, e partiu em direção ao castelo.

casteloQuando entrou no salão, Cinderela estava tão bela que a madrasta e as suas irmãs, apesar de acharem aquele rosto familiar, não conseguiram reconhecê-la.

O príncipe, que não tinha demonstrado até então qualquer interesse pelas meninas que se encontravam na festa, mal viu Cinderela, apaixonou-se perdidamente por ela.

Cinderela e o príncipe dançaram a noite inteira até que o relógio do castelo começou a tocar as doze badaladas. Cinderela ao ouvir o relógio, fugiu correndo pela escadaria que levava até aos jardins, mas no caminho, deixou ficar um dos seus sapatos de cristal.

O príncipe desolado, apanhou o sapato e, no dia seguinte ordenou aos criados do palácio que procurassem por todo o reino a dona daquele pequeno e delicado sapato de cristal.

Os criados foram percorrendo todas as casas e experimentando o sapato em cada uma das jovens. Quando chegaram a casa da Cinderela, a madrasta só chamou as suas duas filhas e ordenou ao criado que lhes colocasse o sapato. Por muito que se esforçassem o sapato não serviu a nenhuma das irmãs.

Foi então que Cinderela surgiu na sala, e o criado insistiu em calçar-lhe o sapato. Este entrou sem dificuldade alguma. A madrasta e as suas duas filhas nem queriam acreditar!

O príncipe, sabendo do sucedido, veio imediatamente buscar a Cinderela, montado no seu cavalo branco e levou-a para o castelo, onde a apresentou ao rei e à rainha. Poucos dias depois, casaram-se numa linda festa, e foram felizes para sempre.


quinta-feira, 12 de novembro de 2020

JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO

 Oi! O meu nome é João e eu moro com a minha mãe. Nós nunca fomos ricos, mas nós tínhamos um uma vaca leiteira e ela nos dava leite o suficiente para beber e para vender. Mas um dia, ela parou de produzir leite e minha mãe me disse para ir ao mercado e vender a vaca.

JOÃO
No dia seguinte eu fiz o que ela pediu e fui ao mercado. Eu estava muito triste indo para lá porque eu não queria vender a nossa vaca. Ela já era como um membro da família. Um senhor velhinho me parou no caminho e disse: “Rapazinho, eu quero comprar essa vaca.” Aí eu perguntei: “O que você me dará em troca?” “Cinco feijões mágicos,” disse ele. Então vendi a vaca e levei os feijões para casa.
Quando minha mãe viu os feijões ela ficou muito brava comigo e começou a gritar: “Não existe essa coisa de mágica! Feijões mágicos, com certeza… Vá para seu quarto. Você vai ficar sem jantar hoje!” E depois pegou os feijões e os jogou para fora da janela. Eu fui para minha cama muito triste por ter desapontado minha mãe.
Na manhã seguinte, acordei e olhei pela janela. Fiquei muito surpreso com o que vi. Os feijões tinham crescido durante a noite e já era uma planta grande, enorme! Pulei para fora da janela e fui escalando e subindo o pé de feijão para o alto até uma cidade lá em cima no céu. E lá havia um castelo.
O castelo pertencia a um gigante, mas ele não estava em casa. A esposa do gigante estava lá, e me convidou para o café da manhã. Eu não tinha comido desde o almoço do dia anterior, então estava faminto. Agradeci e comecei a comer.
“Fe, fi, fo, fum, eu sinto cheiro de um rapaz. Vivo ou morto, eu vou moer seus ossos para fazer meu pão!”, alguém falou bem alto e eu vi um gigante entrando no castelo. A esposa do gigante teve pena de mim e me escondeu. “Não tem ninguém aqui,” escutei ela falando.
O gigante se acalmou e sentou para almoçar e depois começou a contar as moedas de ouro que ele tinha dentro do saco. Um pouco depois ele ficou cansado de contar e decidiu dar um cochilo.
Logo depois que o gigante caiu no sono, eu fui devagarinho para o quarto dele e peguei um dos sacos de moedas de ouro. Depois, saí correndo pelo castelo e desci todo o pé de feijão o mais rápido que pude. Quando eu cheguei em casa e mostrei o saco cheio de ouro para minha mãe, ela ficou muito feliz!
Nós vivemos muito bem com aquele dinheiro por um tempo, mas depois o dinheiro acabou e eu tive que subir novamente no pé de feijão. Fui até o castelo e vi a esposa do gigante. O gigante chegou em casa e sentiu meu cheiro. Mas eu tive muita sorte, pois a esposa do gigante me ajudou novamente a me esconder e disse: “Não tem ninguém aqui.” E o gigante acreditou nela.
Dessa vez ele segurava uma galinha. “Bota!” comandou o gigante e imediatamente a galinha botou um ovo de ouro. Fiquei aguardando até que o gigante dormisse e roubei a galinha dele. Só que a galinha ficou cacarejando e o gigante escutou. Aí ele saiu correndo atrás de mim, mas não conseguiu me pegar. Eu escapei e desci o pé de feijão com a galinha. E quando minha mãe viu, ficou muito feliz novamente.
Tempos depois, voltei até o castelo do gigante. E não disse para a esposa do gigante que eu estava lá. Daí o gigante chegou em casa para o almoço e falou essas palavras horríveis novamente: “Fe, fi, fo, fum, eu sinto cheiro de um rapaz. Vivo ou morto, eu vou moer seus ossos para fazer meu pão!” A esposa do gigante disse que ela estava sozinha em casa.
O gigante trouxe uma harpa que tocava músicas sozinha. A harpa ficou tocando e ninou o sono do gigante, que começou a dormir. Enquanto ele dormia, eu peguei a harpa e estava quase levando embora, quando ela começou a tocar uma música muito alta, e o gigante acordou. Ele começou a correr atrás de mim, e quase me pegou, mas eu ainda era muito mais rápido do que ele. Escapei e desci o pé de feijão.
O gigante continuou me seguindo, mas assim que cheguei em casa, fui correndo peguei o machado e cortei o pé de feijão. O pé de feijão, boom, caiu e o gigante também caiu morto. Por conta da harpa e da galinha eu e minha mãe nos tornamos muito ricos e agora vivemos uma vida muito feliz na nossa fazenda.

lebre e a tartaruga

  Era uma vez... uma lebre e uma tartaruga.  A lebre vivia caçoando da lerdeza da tartaruga. Certa vez, a tartaruga já muito cansada por ser...